O assédio sexual feminino é uma das situações que mais perturbam
as mulheres atualmente. Para o assédio não existe lugar nem hora, pode ser na
rua, no trabalho, em transportes públicos, de dia ou a noite. É muito difícil
encontrar uma mulher que nunca foi assediada pelo menos uma vez na vida.
Essa aflição acontece com mulheres de qualquer idade,
classe ou etnia. Tira a liberdade delas de poder andar na rua sozinhas em
determinados horários e locais, ou de escolher o que vestir. Muitas vezes se uma
mulher denuncia o assédio, ela é questionada sobre o tipo de roupa que estava
usando, como se isso fosse motivo para tal prática. É por isso que a maioria
das mulheres preferem não dar queixa, pois sabem que a atitude será em vão.
O real problema está na sociedade machista em que
vivemos. Se alguma mulher leva uma cantada na rua isso é algo considerado
normal, e muitos homens ainda dizem que é só um “elogio”. E que a mulher
deveria gostar e se sentir bem com esse tipo de ação.
O combate à opressão parte de dentro de casa, onde muitas
vezes também é cenário de assédio contra a mulher, que na maioria dos casos é
silenciado pois a mulher não tem autonomia para denunciar. Também é válido
ressaltar que o homem faz uso de ameaças contra a vida da mulher e também de
seus filhos se ela tentar fugir ou recorrer à polícia.
O assédio sexual feminino já é considerado crime, segundo
o Art.216-A, que diz que constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. O autor desse crime pode cumprir
pena de detenção, de um a dois anos.
O feminismo ainda está caminhando para lutar contra esse tipo de prática também contra tantos outros que inferiorizam e prejudicam as mulheres do mundo inteiro. Ainda falta muito para o sucesso completo do movimento, pois a sociedade em que vivemos ainda é muito machista e opressora. Mas, com a força e inteligência que as mulheres carregam dentro de si, uma realidade mais igualitária está cada vez mais próxima.
Dalila Amorim
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