terça-feira, 6 de dezembro de 2016

A cultura como forma de opressão colonialista


O Pós-colonialismo é um tipo de teoria que busca combater a visão dos Estados que atuaram como império durante a expansão colonialista, e que ainda difundem suas ideias de hegemonia no cenário internacional, buscando mostrar os danos do Imperialismo, como, por exemplo, racismo e exploração.
Um dos principais pontos de análise é o uso do saber colonialista como forma de difusão da opressão. Pensando no domínio britânico sobre a Índia, havia a ampla circulação de histórias que buscavam demonstrar a superioridade dos britânicos em relação aos indianos.
Um bom exemplo é a história infantil “The English Girl and Her Ayah”, publicada na terceira edição de uma série de livros chamada Royal School, que circulava na época. Ela conta a história de uma garotinha britânica que se perde na floresta com sua aia indiana; elas acabam sendo encurraladas por um tigre e são salvas pelo pai da criança, que mata o animal para salvar a vida das duas.

Ilustração original de ‘The English Girl and Her Ayah’

Não há só a representação da superioridade do Império ao resolver a situação fazendo com que o inglês seja herói ao dominar um animal típico da colônia (imagem muito comum em representações da época, sejam elas feitas na época ou recentemente, mostrando que tal ideia ainda perdura no imaginário das pessoas), mas também há a imposição da religião católica na fala da garotinha, que diz para a aia não se preocupar, pois Deus iria salvá-las, sendo que a Índia é um país de religião politeísta.  
Por motivos assim os pós-colonialistas buscam, entre outras coisas, combater a hegemonia do lado dominante ao contar histórias e a História, divulgando sua visão, sua cultura e seu lado dos acontecimentos históricos.

Ana Conte

domingo, 4 de dezembro de 2016

Assédio feminino

O assédio sexual  feminino é uma das situações que mais perturbam as mulheres atualmente. Para o assédio não existe lugar nem hora, pode ser na rua, no trabalho, em transportes públicos, de dia ou a noite. É muito difícil encontrar uma mulher que nunca foi assediada pelo menos uma vez na vida.
Essa aflição acontece com mulheres de qualquer idade, classe ou etnia. Tira a liberdade delas de poder andar na rua sozinhas em determinados horários e locais, ou de escolher o que vestir. Muitas vezes se uma mulher denuncia o assédio, ela é questionada sobre o tipo de roupa que estava usando, como se isso fosse motivo para tal prática. É por isso que a maioria das mulheres preferem não dar queixa, pois sabem que a atitude será em vão.
O real problema está na sociedade machista em que vivemos. Se alguma mulher leva uma cantada na rua isso é algo considerado normal, e muitos homens ainda dizem que é só um “elogio”. E que a mulher deveria gostar e se sentir bem com esse tipo de ação.
O combate à opressão parte de dentro de casa, onde muitas vezes também é cenário de assédio contra a mulher, que na maioria dos casos é silenciado pois a mulher não tem autonomia para denunciar. Também é válido ressaltar que o homem faz uso de ameaças contra a vida da mulher e também de seus filhos se ela tentar fugir ou recorrer à polícia.
O assédio sexual feminino já é considerado crime, segundo o Art.216-A, que diz que constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. O autor desse crime pode cumprir pena de detenção, de um a dois anos.
O feminismo ainda está caminhando para lutar contra esse tipo de prática também contra tantos outros que inferiorizam e prejudicam as mulheres do mundo inteiro. Ainda falta muito para o sucesso completo do movimento, pois a sociedade em que vivemos ainda é muito machista e opressora. Mas, com a força e inteligência que as mulheres carregam dentro de si, uma realidade mais igualitária está cada vez mais próxima.



                                                                                             Dalila Amorim

Veneno

A utilização de agrotóxicos nas plantações sempre foi um assunto bastante polêmico atualmente. Já foi mais que comprovado que os agricultores muitas vezes fazem uso abusivo dos pesticidas,  que prejudicam a saúde tanto das pessoas que vão consumir o produto contaminado, quanto das pessoas que moram ou que trabalham perto das plantações.

Na teoria do sistema mundo, o capitalismo evolui em função dos fatores econômicos, ou seja, cada vez mais os donos dos meios de produção querem achar uma maneira de lucrar, gastando menos tempo e dinheiro.
O uso de agrotóxicos se massificou depois dos anos 1960, quando os investidores notaram que com a diminuição das pragas, as colheitas renderiam mais.  Esses produtos possuem funções como matar insetos, fungos e ervas.


O Brasil é o país que lidera no ranking de uso dos agrotóxicos. Isso gerou uma preocupação dos médicos pois os efeitos colaterais podem causar doenças graves como câncer, alterações genéticas, malformação fetal, lesões renais e hepáticas, etc.

Sendo assim, esse assunto causou muita discussão no Ministério Público, pois a busca por um consenso entre pessoas a favor e contra os pesticidas está cada vez mais difícil. Alternativas como o uso mais moderado de venenos nas plantações e o incentivo ao consumo de produtos orgânicos são algumas das medidas que já foram colocadas em prática.



                                                                                                                       Dalila Amorim

sábado, 3 de dezembro de 2016

A Teoria Feminista nas Relações Internacionais

Adrielli Santos, Victória Parracho


O Feminismo é um movimento que busca a igualdade entre homens e mulheres através do estudo das questões de gênero, atribuindo a essas questões elementos do poder exercido por homens sobre as mulheres através do patriarcado, tem um caráter nominativo de busca da igualdade.

O gênero são as características sociais e culturais construídas e atribuídas ao ser biológico, que definem nossas nações de masculino e feminino. O patriarcado é o sistema social de crenças e estruturas que sustentam privilegio a masculinidade, para as feministas o patriarcado é o primeiro tipo de opressão que a mulher sofre, antes mesmo da étnica e social. Então surge a questão da herança, onde a linhagem patriarcal vai determinar quem vai ficar com a herança (propriedade privada), a mulher será vista como uma posse sempre.

Nas questões de gênero e relações internacionais o estado nação nasce com características masculinizadas. Para as feministas não existe neutralidade nas estruturas das Ri, elas vão dizer que a teoria serve para legitimar a opressão, e afirmam que o gênero é a primeira opressão que se tem contato, pois começa dentro de casa, o que legitima a naturalização pelas Ri, de que gênero é irrelevante para compreender o internacional.

Para as Feministas o mundo é caracterizado por uma hierarquia de gênero que é prejudicial para as mulheres, por exemplo, a mulher é considerada mais pacifica e maternal, porém quando entra na politica tem que se masculinizar. A critica ao feminismo é como se preocupam com as relações sociais internas, se não fazem teoria das ri's.

As feministas também vão abordar tema segurança internacional e gênero, e questionaram o Estado dizendo "como falar em proteger um Estado se não garante a proteção de parte da população?”, a concepção de segurança é politica/militar e estado Cêntrica.

A teoria Feminista de Ri trabalha com as desigualdades estruturais como ponto de partida para discutir segurança internacional. A desiguale é que trará a insegurança, pois a falta de igualdade leva a incapacidade do Estado de cuidar das mulheres em termos estritamente militares. Ha questões de insegurança que causam impactos no sistema internacional, como pobreza e violência de gênero. Por fim, ocorre uma desigualdade também na divisão sexual do trabalho que faz com que as mulheres ocupam cargos menos remunerados, nas pesquisas uma em cada sete mulheres vivem na pobreza (feminizarão da pobreza).

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Feminismo nas RI

A teoria feminista mostra como o patriarcado influencia o mundo e o sistema internacional. Na teoria feminista de RI o enfoque se dá no individuo e nas relações sociais que se opõe ao debate que sempre recai aos Estados e suas vontades.

As feministas creem que não há neutralidade nos estudos de RI e que a questão de gênero é a primeira opressão sofrida. O mundo possui uma hierarquia de gênero que quase sempre favorece o homem fazendo com a que mulher seja a parte lesada do contexto.

É possível observar que a máquina estatal é majoritariamente masculina e quando uma mulher ascende ao poder no Estado é vista de maneira equivocada, e muitas vezes para ganhar certo “respeito” é preciso que se comporte de maneira masculinizada.

Não há uma igualdade de gênero, o que leva ao Estado não saber como proteger de fato as mulheres em um nível social e militar.

A mulher ainda ganha menos que o homem muitas vezes ocupando a mesma função de trabalho. Essa luta por igualdade ainda está muito longe de ser ganha.

Vitória Nicolau e Camila Assunção













FEMEN



Protesto em Madri contra a violência doméstica, em novembro de 2015

O FEMEN é um movimento feminista internacional que luta pelo fim do patriarcado, tido como uma forma de escravidão feminina.

O grupo nasceu em 2008, na cidade de Kiev, Ucrânia, e atua legalmente em países democráticos e ilegalmente em países com regimes ditatoriais. O slogan do movimento é “Meu corpo é minha arma!”.

Sua atuação causa controvérsia pelo fato de que as ativistas costumam protestar fazendo topless, até mesmo em países islâmicos. Esse tipo de atuação faz parte do chamado Sextremism, descrito como a rebelião da sexualidade feminina contra o patriarcado. Suas ativistas costumam ser presas por um curto período, sob a acusação de atentado ao pudor.

Em 2013 a sede rompeu relações com a filial brasileira do FEMEN por acusações de mal uso de verbas. De acordo com Sara Winter, a líder do movimento em nosso país, o problema foi que a filial nacional se recusou a seguir algumas ordens vindas da matriz, como, por exemplo, pichar o símbolo do grupo no Cristo Redentor.

Mais informações: http://femen.org/

Ana Conte

domingo, 27 de novembro de 2016

Resumo da Teoria Feminista

   A teoria feminista nas Relações Internacionais só começa a ter espaço a partir de 1990, e o objetivo das teóricas feministas é mostrar como o patriarcado está presente na formulação e execução das Relações Internacionais.
   A disciplina das Relações Internacionais se diz neutra, e que as suas temáticas, as questões de alta política, não se relacionam com o gênero. Como por exemplo, considera-se que o poder, a segurança, tratam de todos, não excluindo a mulher.
   A teoria feminista, em crítica a isto diz que a disciplina é sim marcada pelo gênero, e mostra que o gênero este já afixado no modo de fazer a política internacional, por serem feitas por homens, e por invocar a masculinidade nestas situações, como em treinamentos militares e discursos políticos. Segundo as autoras feministas, muitos dos dogmas seguidos na prática das RIs são moldados conforme o gênero masculino.
   Portanto, em resposta aos teóricos que dizem que as Relações Internacionais são neutras, as feministas consideram que em relação ao gênero, as RIs são mais cegas do que neutras. É importante abordar, para a compreensão do tema a própria questão do termo “gênero”. As feministas falam de gênero e não de sexo porque ao tratar de sexo, abordariam apenas questões biológicas, o que por sua vez, não se relaciona às relações sociais, entretanto, o gênero é pura construção social, são as características que definem o masculino e o feminino, e que não podemos negar que foram sim criados pela sociedade, lembrando que a sociedade é subjugada ao patriarcado.
            A afirmação de que as RI são neutras quanto a isso, para a Teoria Feminista é só mais uma afirmação da alienação em que vivemos, ao não se ter a percepção do preconceito que o patriarcado naturalizou na sociedade. Em distinção a outros grupos oprimidos pela estrutura da sociedade moderna, o feminismo se destaca ao monto de se formar como uma teoria das RI, pois é considerado a primeira opressão que uma mulher vive, desde pequena em sua própria casa, e isso vale virtualmente por todo o globo, e este caráter mundial torna a teoria válida tratando de um fator internacional relevante.

            Portanto a Teoria Feminista visa esclarecer que as RI “tradicionais” não são neutras de forma alguma, e são naturalmente excludentes com as mulheres, que pouco participam nas tomadas de decisão, propondo-se assim a preenche ruma representatividade necessária no meio teórico. Porém ainda assim esta teoria é pouco aplicada, sendo considerada uma teoria periférica ou de pouca importância assim como outras teorias que também visam abalar o status quo do cenário atual das Relações Internacionais.

Giovanna Bertolaccini
Rodrigo D'Avila