domingo, 28 de agosto de 2016

Resumo crítico da Escola Inglesa por Isabela Cunha

                           A Escola Inglesa surgiu na década de 50, após uma discussão com o comitê britânico com o intuito de se criar uma teoria nova. A reunião acontecia numa faculdade de Cambridge e lá foram estabelecidas as bases para Escola Inglesa. Ela é uma fusão do realismo e do idealismo, vertente do liberalismo. Podemos ver que do realismo foi herdada aquela visão fatalista do mundo egoísta. Já do idealismo, neoliberalismo no caso, foi herdada a compreensão do mundo como uma cooperação sempre. Além disso, herdamos também o conceito de poder com diferença ao tratamento, isso tudo resultando numa mudança positiva para a sociedade. 
                           Com a Escola Inglesa novos conceitos foram criados, a partir disso podemos diferir sistema internacional de sociedade internacional. O primeiro é a política de poder entre os estados, e é formada quando 2 ou mais estados tem impacto suficiente sobre as decisões do outro. Já a sociedade interacional parte da premissa da existência de um sistema internacional, a partir do momento em que um grupo de estados estão vinculados por um conjunto de regras. Também conceituou justiça comutativa e justiça distributiva, diferindo elas pela primeira abordar procedimentos e reciprocidade e a segunda por fiscalizar as mercadorias distribuídas entre estados ricos e pobres. Para acrescentar, também há a distinção entre ordem internacional e ordem mundial, sendo a primeira um instrumento para que eventualmente fosse atingida a segunda.
                      A Escola volta o olhar para valores culturais, igualdade racional, igualdade soberana, contra a injustiça econômica, etc. Sua principal contribuição foi a superação do debate entre realistas e idealistas, o estabelecimento das premissas do caminho do meio representado pelo pensamento grociano, a separação da teoria política clássica da história e da teoria internacional, a inauguração da análise em torno da sociedade de estados e a importância da história. O seu grande mérito foi abrir passagem para novos pensamentos nas relações internacionais, principalmente o pós-positivismo. 

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