domingo, 28 de agosto de 2016

Resenha Crítica - Escola Inglesa

A Escola Inglesa aparece na obra de Hedley Bull como a fusão entre o realismo de Hobbes e Idealismo de Kant, onde Bull discutirá sobre uma das estruturas da Sociedade Internacional: a ordem, e dizer se é possível ou não que ela exista nos dias de hoje.
No primeiro capítulo, Bull afirma que a ordem da vida social é aquela que promove as metas e os objetivos, e entende que, na vida social, a ordem é um padrão de atividade humana que sustenta os seus objetivos elementares. Diz também que os objetivos gerais não são a lista completa das metas comuns de uma sociedade, mas que eles precisam estar inseridos nessa lista.
Começando a falar sobre Estado, cita sobre a soberania interna e externa, o que é a definição de Estado, etc. Sobre Sistema de Estado, conta toda a história até que se fosse possível e de senso comum o termo “sistema” e fala sobre a interação direta e indireta dos Estados. Diz também que os Estados são os principais participantes da política mundial; sobre a manutenção da paz e, por fim, fala que os objetivos primários da Sociedade dos Estados são os mesmos listados como objetivo comum a toda vida social.

No quarto capítulo, Hedley Bull volta a falar sobre a Ordem mas como um valor, no entanto não é o único valor em que a conduta internacional pode ser ajustada. Utilizando o exemplo dos interesses das potências ocidentais vs interesses dos Estados de Terceiro mundo ; Ele diz que as potências dominantes (ocidentais) se ajustam baseando-se na ordem, em quanto os países de terceiro mundo buscam pela realização da justiça na comunidade internacional, mesmo que isso custe a desordem.Logo após essa introdução ele propõe a explicar o sentido de justiça assim dizendo que as ideias sobre justiça pertencem à categoria das ideias morais , tidas como certas ou erradas. Ele cita que a justiça tem a ver com a igualdade no âmbito de direitos e privilégios, e também com equidade e reciprocidade, assim dizendo que as exigências acerca de justiça se referem a igualdade de acesso a direitos e privilégios, demandas para a remoção de desigualdade e discriminação, igualdade na distribuição ou aplicação de direitos entre fortes e fracos. E citando 4 distinções importantes acerca de justiça e explicando justiças mais especificas.

Chegando no clímax do capitulo Bull começa finalmente a explicar a compatibilidade entre Ordem e Justiça e dizendo que há uma tensão característica entre a ordem proporcionada pelo sistema e as aspirações por justiça e diz que a sociedade internacional está comprometida com muito mais do que ‘’ apenas ‘’ a preservação da ordem e sim (também) do compromisso com ideias de justiça entre os Estados e de justiça individual .
E finaliza dizendo que a ordem internacional, é uma condição necessária para a justiça ou igualdade entre os Estados e/ou nações. Porque a mesma perece outros objetivos, como o da justiça. Mas diz que isso não significa, que em todos os casos a ordem deva ter prioridade sobre a justiça.

Com tudo apresentado por Bull nesses 3 capítulos concordamos com ele ao dizer que a Ordem em muitos casos supera a Justiça (como dito no capítulo 4 a igualdade e o direito a privilégios nem sempre são levados em conta), mas que também a Justiça possa representar não só o mais certo, mas sim a voz daqueles que buscam nessa Ordem Mundial um lugar onde a igualdade e distribuição igualitária dos direitos seja algo efetivo.
Alexandre Gomes, Gabriel Carmo e Leonardo Maiorano.

Um comentário:

  1. em quanto os países de terceiro mundo buscam pela realização da justiça na comunidade internacional - CORREÇÃO: enquanto *

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