quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A Teoria Marxista: Marx X Lênin


Embora Marx não tenha estudado diretamente as Relações Internacionais e nem tenha tido como objeto central em suas reflexões o Estado, ele apresentava a ideia do alcance global do capitalismo e de seu movimento expansionista.

Marx acreditava que o aumento da exploração do trabalhador em diversos países, faria com que a luta de classes se internacionalizasse.  Assim, a organização internacional do proletariado era fundamental para a conquista do poder.

Ao contrário de Marx, Lênin acreditava que a queda do capitalismo estava associada às contradições entre as próprias nações capitalistas (imperialistas). Lênin passa a considerar que a luta de classes no plano internacional, possuía como atores principais os Estados nacionais do sistema internacional, e não mais as classes sociais.

Em sua obra “Imperialismo, estágio superior do capitalismo”,  Lênin aponta que a ocorrência de crises devido à superprodução e à queda das taxas de lucros, vai fazer com que o capitalismo monopolista procure novos mercados. Essa expansão imperialista caracteriza a nova etapa do capitalismo, a qual o autor descreve como uma fase em que se “adquiriu marcada importância a exportação de capitais, começou a partilha do mundo pelos trustes internacionais e terminou a partilha de toda a terra entre os países capitalistas mais importantes”.

Esse fenômeno expansionista irá aumentar a rivalidade entre as potências, já que elas passam a ter como objetivo a conquista da hegemonia e o enfraquecimento dos adversários. Por isso, o imperialismo é visto como uma política violenta, pois quanto mais o capitalismo se espalha, maior a possibilidade de guerra e conflito.

Assim, embora o marxismo não seja muito estudado na disciplina das RIs, é possível destacar contribuições dessa teoria para o desenvolvimento de uma visão crítica das relações internacionais como: a ideia de que a história é formada por contradições relacionadas ao modo de produção da sociedade; os Estados organizam comunidades políticas por meio da ideia de nação, não mais pela raça ou etnia; etc.

Marina Reis de Oliveira

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