quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Marx: Infraestrutura e Superestrutura



O "motor" para Marx sempre foi a luta de classes, inclusive, no livro "Manifesto do Partido Comunista", de Karl Marx e Friedrich Engels, começa falando a história de todas as sociedades que existiram até hoje, ou seja, nos diversos períodos, por exemplo, no império romano, nós tínhamos a relação entre os romanos e os escravos com a luta de classes. 

No caso da produção capitalista, Marx vai aprofundar a luta entre duas classes: burguesia e proletariado. A burguesia já foi uma classe revolucionária no período de transição do modo de produção capitalista, e foi fundamental para a derrubada da aristocracia e do absolutismo monárquico. Quando a burguesia consegue poder, forma uma classe reacionária (associado aos indivíduos que defendem uma manutenção do "status quo" político e social), e com isso, nós temos um tipo reacionário de política por parte da burguesia para manter o poder. Com o surgimento dessa moderna sociedade burguesa, nós temos o estabelecimento de novas classes e novas condições de repressão, que geram lutas da burguesia com o proletariado.

O burguês é aquele que detém os meios de produção, ou seja, todos os instrumentos necessários no qual ele vai alugar para o proletário, vai vender sua força de trabalho e produzir o produto. Aquele que detém os meios de produção é o burguês. Por exemplo, se você vende sua força de trabalho para quem tem os meios de produção em troca de uma remuneração mensal, você está sendo o proletário. O burguês como paga o salário para o proletariado, o mesmo vai retirar primeiro a mais-valia, o lucro, e depois vai remunerar o seu funcionário, normalmente o mínimo necessário para garantir sua subsistência.

Marx cita no "Manifesto do Partido Comunista", que tudo aquilo que é produzido pelo proletariado, pela pessoa que vende sua força de trabalho, é ele que deveria pertencer. Se você trabalha e não depende dos meios de produção, não importa no que você gasta o salário.

Para Marx, a análise dos processos de transformação histórica das sociedades aponta a economia como determinante em última instância dos grandes fenômenos sociais, uma vez que é por meio dela que se definem as classes sociais e as formas de dominação de classe.

O marxismo deixa uma perspectiva das relações internacionais que são os conceitos de SUPERESTRUTURA e INFRAESTRUTURA. Para a teoria marxista é a base de todas as relações de produção.



A base é na qual se assenta a sociedade capitalista que os marxistas vão chamar de infraestrutura, na qual vai definir, segurar, toda sociedade. A infraestrutura é as relações materiais de produção: forças econômicas de uma sociedade (fundações, alicerces). Refere-se a base material das relações de produção entre proprietário e proletariado. 

A superestrutura são todos os meios utilizados para a dominação ideológica da burguesia, ou seja, a política, a religião, a cultura, a educação, etc...É o espaço onde se dão as relações não-econômicas - ideias, costumes, instituições (edifício). Toda a produção humana que não tem forma material e é imprescindível ao funcionamento da sociedade. A superestrutura é a forma de dominação no sentido ideológico e institucional.

Marx diz que essa superestrutura, nossa vida social, política e espiritual, acaba se encontrando nesse nível superestrutural que surge sobre a infraestrutura. Podemos definir a superestrutura da seguinte forma: são os níveis de dominação ideológica da classe dominante, no caso a burguesia, que vai dominar as relações de produção, as relações superestruturais. 

O que consistem os bens materiais de produção são a burguesia e o proletário. Nessa base ocorre todas as relações de trabalho no processo de acumulação do sistema capitalista. Para Marx, o modo de produção da vida material, é o que condiciona o processo da vida social. Então, a economia depende de todos os outros níveis da vida, tanto a política, quanto a sociologia. Tudo se assenta nessa base infraestrutural de relações de produção.

O modo de produção da vida material é o que condiciona o processo da vida social e política espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser mais inversamente, mas é o seu ser social que determina a sua consciência.


Bárbara Menezes de Almeida

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